Hoje vou falar sobre Feedback. Já tive várias oportunidades de aprender sobre feedback, mas nenhum foi tão forte e marcante quanto à última. Esta oportunidade se deu no Curso de Formação de Instrutores (CFI) promovido pela ACIM - Associação Comercial e Industrial de Maringá e ministratado pela incrível Elizabete Willemann.
A razão da expressividade desta última orientação que tive sobre Feedback está no sentido, na essência de tal prática que até então desconhecia. Segue então resumo dos conceitos abordados no CFI acerca do feedback:
Segundo o texto, a dificuldade em nos expressarmos vem desde a infância, na censura dos adultos às crianças ao se comunicarem tão espontaneamente. Passa pela fase escolar em que somos desestimulados à interagir com professores, colegas e estranhos e chega nos dias de hoje em nosso ambiente de trabalho quando não questionamos e/ou alimentamos intrigas, fofocas e conflitos, dentre outros.
Feedback significa retroalimentação ou retroinformação e no relacionamento pessoal "é a informação que se dá a uma pessoa sobre como o comportamento dela está sendo percebido e como isto afeta a postura dos demais".
Para aquele que emite um feedback o grande desafio está em compreender e consequentemente praticar, que o feedback não consiste em julgar ou apontar os defeitos e erros de alguém. Ao contrário, consiste em levar o outro à reflexão. Fazer a pessoa pensar sobre o momento em foque e compreender por si mesma o que poderia ter feito de diferente com base nos sentimentos que você teve e agora compartilha com ela. Tenha em mente que o objetivo do feedback é contribuir para o autoentendimento / a autoanálise da pessoa para quem se fala e não de demonstrar nossa própria inteligência/habilidade ou mesmo como desabafo ou agressão ao colega.
Para quem recebe o feedback o grande desafio está em ouvir o que foi dito, processar e não reagir de imediato com desculpas, justificativas ou mesmo revidando o que foi dito com agressões e revolta. Ao receber um feedback, fique em silêncio, processe o que ouviu e se pertinente, modifique/adeque seu comportamento.
A base para o processo de dar e receber feedback é a confiança. Dificilmente o feedback, como deve ser em sua essência, terá seu alcance e efetividade se for dado por pessoas cujo relacionamento não seja norteado por confiança. Com isso entendemos que é preciso construir um ambiente propício entre você e seus colaboradores antes de "sair" emitindo e/ou solicitando feedbacks.
Abaixo alguns princípios que devemos sempre ter em mente ao emitir e receber um feedback para tornar torná-lo o mais eficaz possível:
- Aplicável: o feedback deve abordar comportamentos que o receptor possa modificar. Jamais devemos falar sobre alguma característica/limitação da outra pessoa.
- Neutro: como dito anteriormente, o emissor não deve fazer julgamentos, mas apenas relatar fatos.
- Específico: não deixe dúvidas acerca do fato sobre o qual o feedback é emitido, pois a falta de informações que permita ao receptor identificar com precisão e assim compreender o comportamento tornará o que foi dito inútil.
- Solicitado: a força do feedback é maior quando ele é solicitado, ou seja, já existe a abertura do ouvinte em lhe ouvir.
- Oportuno: também terá mais efetividade, se o feedback for emitido logo após o "fato gerador".
- Direto: para evitar fofocas, mal-dizeres entre as pessoas, clima ruim, etc... o feedback deve ser feito apenas para a pessoa interessada.
- Comprovado: como bom comunicador, tenha certeza que foi entendido e peça ao receptor que lhe diga o que entendeu da mensagem que você emitiu.
É isso pessoal! Espero que este post possa contribuir para o dia-a-dia de vocês como contribuiu para minha vida as palavras da Instrutora Elizabete.
Patrícia Inêz, PMP
Treinamentos, Gestão, Projetos e Sistemas
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