domingo, 4 de abril de 2010

Gerenciando a Equipe - Os Prejuízos da Não Demissão

Uma das atividades mais importantes em qualquer projeto, para não dizer a mais importante, é sem dúvida o bom gerenciamento da equipe. Alias, não apenas em projetos, mas em toda organização seja ela projetizada ou não é imprescindível  uma boa gestão de pessoas. E esta tarefa não é nada fácil, principalmente nos dias de hoje, visto que estamos passando por um momento de crise de bons profissionais:
"O mercado está pagando à preço de ouro os bons e talentosos profissionais que além de conhecimento, também investiram em comportamentos como atitude pró-ativa, iniciativa e de bom relacionamento com pessoas, portanto, com o mercado." http://www.ceag.com.br/pages/html/boletins.php.
Minha experiência mostra que a maior dificuldade é a falta de investimento em comportamento, principalmente entre os mais jovens. Infelizmente é constante encontrarmos "profissionais", ou melhor aspirantes a profissionais, que nem sequer conseguem identificar a importância de bons hábitos e posturas no ambiente de trabalho. Comportam-se como se estivessem entre "a galera da curtissão": gritam, falam gírias acreditando estarem se comunicando, fazem o mínimo do mínimo esperado de suas funções, são cheios de compromissos, menos com o cliente que atende e com a empresa que lhes remuneram.

E mesmo causando danos à empresas a curto e longo prazo, são mantidos como parte da equipe, na esperança, muitas vezes em vão, de que irão melhorar. Em oito anos de trabalho nunca vi a recuperação antes do fim ou da decadência da empresa, momento no qual o funcionário que foi manido encontra uma outra empresa em desespero por bons profissionais e o contrata acreditando ser ele a "salvação" de seus problemas.

Os prejuízos que a organização tem com a decisão de manter tais pessoas em seu quadro de colaboradores são enormes: baixa produtividade, descrença dos clientes, produtos e serviços sem qualidade, perda de marketshare, perda de clientes, redução de lucratividade, etc. E a maioria das organizações não enxergam a real causa de todos estes problemas e começam a "caça às bruxas": culpam o software de gestão da empresa, a economia interna, o clima, o governo/impostos, os fornecedores, os clientes, etc.

O fim desta seqüência de problemas em geral é a dura recuperação da empresa através do apoio de uma consultoria externa ou o triste encerramento das atividades. Aprendi com um professor de economia da FGV (MBA Gestão Empresarial - Turma 7 da Trecsson - www.trecsson.com.br) que uma das maiores causas de falência das empresas está em não demitir na hora certa.

Portanto, gerentes de projetos, administradores, diretores, gestores e/ou empresários responsáveis pela manutenção da equipe, acertem na contratação, capacitação e plano de desenvolvimento dos colabodores de suas empresas, mas não ultrapassem o limite da benevolência e deixem de demitir quanto têm que demitir: acertem também a hora da demissão. Certa vez uma diretora de uma das empresas em que já trabalhei disse ao seu sócio que estava contrário à demissão de um funcionário: "Não somos instituição de caridade", de fato, não se deve insistir na permanência de profissionais inadequados à empresa.

E colabodores em geral, acertem na carreira e invistam no desenvolvimento/aperfeiçoamento de habilidades comportametais.


Patrícia Inêz, PMP
Treinamentos, Gestão, Projetos e Sistemas
+55 (44) 9925-4574
patricia@patriciainez.com.br
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Um comentário:

  1. Aproveitei para conhecer seu site e seu blog, e achei os artigos muito bons. Em especial me identifiquei com o artigo "Gerenciando a Equipe - Os Prejuízos da Não Demissão", pois estou vivenciando isso, o que tem dificultado a implantação de meus projetos. A passividade da diretoria, mesmo quando questionada sobre o assunto, tem me frustrado, o que fatalmente resultará no meu desligamento em curto/médio prazo.

    Abraços
    --
    Rodrigo

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